em sílabas de silêncio construo e desconstruo mundos e hipotéticas paixões como quem tece tecituras invisíveis partituras fantásticas de sinfonias afónicas com a perícia de quem traça horizontes fugidios destras linhas que se escoam na neblina matinal densa dissoluta como dissolutos os dedos no aceno das tuas mãos em que me perco e me fujo em afagos imaginados em espirais incendiadas subentendidas pautas sustenidas chaves-mestras de claves e crescendos enclaves de enclavinhados sons mudos sem resposta plausível que me furte ao movimento perpétuo da órbita oblíqua dos teus braços abertos berços de estrelas de embalar pupilas-constelações de signos sem futuro sibilados ao ouvido tranquilos como um balanço circular sensual a arrastar-me p’la mão residual a soltar-me de mim centrífugo longínquo e breve arco infinito hipnose larvar solstício deste meu tempo sem tempo distante desta fria metamorfose de ficar Jorge Casimiro
Minha querida poeta! A tua poética vem a cada dia confirmando a tua vocação para semeadora do Belo. A palavra certa, a concisão, a profundidade de teus poema fazem de você uma poeta extraordinariamente competente. Um beijo afetuoso, minha querida Ana.
8 comentários:
Tão fracturante, como lâmina...
Um beijo
Daniel
obrigada, ana maria ;) és uma boa amiga. um grande beijinho para ti.
na magia da noite, o sonho reina ...em rios de beijos e carícias.
metamorfose
em sílabas de silêncio
construo e desconstruo mundos
e hipotéticas paixões
como quem tece tecituras invisíveis
partituras fantásticas de sinfonias afónicas
com a perícia de quem traça horizontes fugidios
destras linhas que se escoam
na neblina matinal
densa
dissoluta
como dissolutos os dedos
no aceno das tuas mãos
em que me perco e me fujo
em afagos imaginados
em espirais incendiadas
subentendidas pautas sustenidas
chaves-mestras
de claves
e crescendos
enclaves
de enclavinhados sons mudos
sem resposta
plausível
que me furte
ao movimento perpétuo
da órbita oblíqua
dos teus braços
abertos
berços de estrelas
de embalar
pupilas-constelações
de signos sem futuro
sibilados ao ouvido
tranquilos
como um balanço circular sensual
a arrastar-me p’la mão
residual
a soltar-me de mim
centrífugo
longínquo e breve
arco infinito
hipnose larvar
solstício deste meu tempo
sem tempo
distante
desta fria metamorfose
de ficar
Jorge Casimiro
cores quentes...
e mordentes
no mel da calda
que escalda...
menina, que encanto, que doçura, e, ao mesmo tempo, que aspereza, que parto doído de palavras tão humanas!
um beijão, minha linda!
Aninhas, aqui estou eu outra vez... pela primeira a deixar um comentário, coisa que tão mal sei fazer...mas, enfim...
Gostei muito desta ilustração e muitíssimo das palavras.
Beijinhos
Minha querida poeta!
A tua poética vem a cada dia confirmando a tua vocação para semeadora do Belo. A palavra certa, a concisão, a profundidade de teus poema fazem de você uma poeta extraordinariamente competente.
Um beijo afetuoso, minha querida Ana.
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