31.12.07

Fotografias de Altino Costa* Votos de um ano feliz

As fotografias do dia 15 de Dezembro de 2007: Evento do lançamento do livro "NASCIDO TARDE" de Ana Maria Costa.

A todos os meus amigo e leitores desejo um ano de 2008 de sucesso, paz e saude.

Com amizade e carinho.

Ana

30.12.07

CHÁ DE POESIA*Maria José Limeira

(Foto Galeria Cláudia Assad – Flickr
Formatação rosangela_aliberti)
CHÁ DE POESIA
Para Ana Maria Costa


Nesses confins do Nordeste,
um aboio só não basta.
Tem que se achar no iBest
uma rima muito casta
para curar maus novelos,
fios enrolados, bobinas.
Que venham, pois, os desvelos
pra mudar as tristes sinas.

Se existe expressão má,
também há palavras boas.
Rios correm para o mar
e as águas cantam loas.
Quem versa rima com rima.
Quem conversa também ri.
Aquele que é lá de cima
também pode rir aqui.

Pra se alegrar falta pouco:
somente chá de amizade
Risada é feito pipoco:
explode felicidade.
Quem quiser rir colha flores.
Quem não quiser se recolha.
Quem canta esquece dores.
Quem não canta come folha.

Não há coisa mais bonita
do que um chá de Poesia.
No verso, laço de fita.
Na palavra, luz do dia.
Não há coisa mais dengosa
do que ofertar buquê.
Do meu lado, uma rosa.
Do outro lado, você!

Maria José Limeira

http://maria-limeira.zip.net/

18.12.07

O evento foi lindddddoooooooooooooo


Fotografia de Altino Costa

PARABÉNS ANA

Realizou-se, hoje sábado às 16h o lançamento do primeiro livro de Ana Maria Costa nossa colega em diversas listas na sede da Sonae na Maia.
O espectáculo foi apresentado pela nossa colega poeta Mónica Correia e o livro foi comentado por Jorge Vicente e José Gil.
Realizou-se depois um magnífico espectáculo a salientar a dança, a dramatização de poemas, o jazz acid com dança , e a Tuna da Universidade do Porto – Faculdade de Letras.
Por este livro muito bonito e com belíssimo acabamento abrem-se novos projectos e novos caminhos a Ana Maria e aos novos poetas.
Parabéns para a ANA
José Gil
http://dialogosdogil.blogspot.com/

8.12.07

A minha participação na "Antologia de Natal" da Editora "Edium Editores"

Natal: aletrias e alegrias

A época do Natal aproxima-nos das memórias e os deveres morais acordam depois de um ano. Nestes dias, principalmente, contamos com o calor da lareira, a casa com cheiro de fresco, decorada com luzes e fantasias coloridas, bonecos que cantam e dançam. Na cozinha, o vapor das panelas assobia. É o bacalhau e a penca que, pela excessiva quantidade, transborda pela panela afora e o fogão, sujo dessa água, liberta cheiros de sal queimado. A mesa com a toalha com motivos do Natal para acolher a família vai se enchendo. Os presentes estão no chão, debaixo do "pinheirinho" de Natal, para mais tarde cumprir-se uma tradição.
Antes da ceia da véspera de Natal, preparam-se os doces típicos, Na minha casa o mais tradicional é a aletria. Esta sou eu quem faz, porque tem uma preparação que decorei facilmente: coloco uma panela com água e açúcar, um pau de canela, uma casca de limão e umas pitadas de sal. Deixo apurar o ponto preciso, que a avó ensinou, pego na colher de pau e levanto um fio da calda... está bom. "Está no ponto?". pergunta a Vó Rosa, que está a acender a lareira na sala. "Sim, Vó, fiz como me ensinaste. Está espesso e cai em fio. Agora vou juntar a aletria à calda. Mais uns minutos e está pronto."
Enquanto espero que a aletria fique pronta, passo um pano seco na travessa com desenhos azuis e amarelos que está guardada desde o ano passado. Foi a minha mãe que a deu, junto com um beijo, quando me casei. "Usa-a só no Natal para levares a aletria à mesa, como eu fiz e a tua avó Linda." Disse-me ela.
Com este pensamento na mente, espalho a aletria com cuidado para não sujar os desenhos da travessa. Em seguida, meto a panela debaixo da torneira, abro a água até a encher e deixo ficar. Volto à travessa. Como num ritual, pego-a com as duas mãos, movimentando-a em pequenos movimentos circulares para espalhar a aletria uniformemente. Pronto.
Vamos ao passo que mais gosto de fazer: desenhar sobre o prato com a canela em pó. Às vezes, faço um coração com setas, outras vezes, faço quadrados e, quando não me apetece fazer desenhos, semeio a canela de forma que cubra toda a aletria. O meu pai diz que vê sempre o desenho de uma pomba, mas sei que o faz para me agradar.
A minha mãe, mais a minha avó, Linda, fazem as outras doçarias: leite creme, pudim, sonhos, migas doces ou formigos, enquanto a avó Rosa descasca as batatas e escolhe as hortaliças adiantando a ceia.
Não pode faltar, também, o pão-de-ló feito pelo meu marido com os ovos frescos que as galinhas do nosso quintal puseram no dia anterior. Bacias de barro, farinha, ovos, açúcar, sal, manteiga e o papel para forrar as formas de barro. O forno a lenha no meio do pátio já está na temperatura certa e as formas são metidas no lume por uma hora.
A noite adianta-se, o bacalhau está cozido, os gatos esperam os restos, os cães, uma ração maior e, no meio de conversas boas estão as menos boas, mas todas acabam em memórias, como esta carta minha.

Ana Maria Costa

O texto incluido na "Antologia de Natal "da Editora Edium Editores


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