1.2.07

Necrologia

Com os anos
a morte
de gato
de Pai
de vizinho
de flores.
No coração,
meu cemitério,
enterraram cruzes.

Ana Mª Costa

01 de Fevereiro de 2007


fotografia de Judith Tomaz

11 comentários:

Anónimo disse...

Que bela riqueza de concisão, querida Ana.
Que belo poema, moça!
Um beijo afetuoso.

diovvani mendonça disse...

Os anos nos conduzem ao mistério.
AbraçoDasMinasGerais.

E.T.: estranho... nesta semana, não recebi, nenhum e-mail dos Amantes da Leitura.

Zé Miguel Gomes disse...

Até que os anos de morte terminem quando os nossos olhos se encontrarem com ela...

Fica bem e bom fim-de-semana,
Miguel

Mikas disse...

Bom fim de semana

Iara Maria Carvalho disse...

ana, que coisa mais linda é essa?
enterrar cruzes no coração é uma imagem no mínimo estarrecedora!
gosto cada dia mais dos teus versos, linda ana!

beijos grandes daqui!

Anónimo disse...

Li o poema em epigrafe e como sempre apreciei a sua intensidade poética, pois por vezes o corração é um cemitério de dores. Bom fim-de-semana.

Anónimo disse...

Já deixei um comentário, mas fiquei na dúvida se ficou: acrescento que gostei da simbologia e liberdade poética. Óptimo fim-de-semana.

Edilson Pantoja disse...

O tempo a tudo sepulta, disse alguém muito especial, certa vez. Abraço e parabéns pelo poema!

douglas D. disse...

os fantasmas do meu coração
souberam das tuas cruzes
e, em silêncio
ajoelharam-se diante da vida.

Agradeço a sua visita ao vomitando.
Deu-me assim a chance de conhecer tuas palavras.

Anónimo disse...

Abro as mãos sobre o rosto, e deixo-as escorregar lentamente em cruz sobre o peito onde descansam do frio da terra sob os meus olhos fechados dos seus restos.

Anónimo disse...

Um verso que não me canso de ler... Li pela primeira vez numa olha de papel, na sala de aula. E axei lindo, e cada dia o axo ainda mais profundo.
Um beijo desta tua colega... "Ana Cristina Freitas"

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