13.3.09

Poema


Gostaria de tirar todo o frio que sinto dentro de mim,
deixa-lo nas tuas mãos para o deitares fora .
Amarga-me este emaranhado de pedras soltas dentro das costelas,
se me emprestares um pouco do teu calor podia derretê-las, expulsá-las na urina
Parece que as minhas temperaturas não se entendem com a minha alma e lutam constantemente
contra os ossos. Estimaria ter menos variações ocultas que o vento arroja nesta passagem para a Primavera…
já são tão poucos os ossos que te restam na paciência que o teu pensar torna-se vacilante.

Ana Maria Costa 12.02.2009

4 comentários:

Amaral disse...

A poesia é como contemplar o fundo do mar...
Supreende-nos a multiplicidade de cores, a simplicidade da vida, a sonoridade do silêncio, a imensidão...
Lá no fundo, o frio não se sente, o emaranhado faz sentido, o vento não existe... e é sempre primavera!
Com o teu poema, fui ao fundo do mar...

Iara Maria Carvalho disse...

poesia esculpida nobarro das horas.
muito linda.

saudade de vc!

beijão!

Raquel Miriã disse...

Minha querida Ana Maria! Há quanto tempo! Quero que saibas que me lembro muito de ti e tenho saudades tuas! um beijo grande e continua com a tua força poética!

Francisco Coimbra disse...

Dar um esqueleto à paciência, uma boa filosofia para qualquer Filosofia!
Gostei de receber a actualização, aproveitei e reli... Bjs

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