
I
Para mim,
o céu é mais pequeno
do que para a formiga.
(Ana Mª Costa)
I
Quando o sentimento
é pequeno,
o coração não cresce
nunca!
(Maria José Limeira)
............
II
Quando as palavras
já não conseguem magoar mais,
vem o silêncio ferrar-nos.
(Ana Mª Costa)
II
É melhor o silêncio
compassivo
do que o grito mudo,
insistente,
renitente
ou agudo...
(Maria José Limeira)
............
III
Fui buscar uma árvore
para a minha beira
desenhei-lhe o teu nome
na sua ramagem.
(Ana Mª Costa)
III
Toda criança desenha
em tronco de árvore
um coração atravessado
pela flecha,
como se fosse o martírio
de São Sebastião.
(Maria José Limeira)
............
IV
Nos dias em que escolho chorar
escondo as horas nos livros,
os passos nas prateleiras
as janelas no rosto
depois contemplo o líquido escorrer feliz.
(Ana Mª Costa)
IV
Escondi folhas secas
entre páginas de livros.
Virei personagem:
vítima
e/ou
heroína.
(Maria José Limeira)
............
V
A vida dá a oportunidade de a descobrirmos
pouco o fazemos…
e nesses poucos morremos.
(Ana Mª Costa)
V
Tão pouco que descobrimos.
Tão menos que nos fazemos.
Tanta luta.
Tão pouca vida.
E por menos do que isto
morremos...
(Maria José Limeira)
1 comentário:
grande amiga, os vossos diálogos são fantásticos. são mais do que poesia, são verdadeira amizade em palavras
como devia ser sempre
um beijo
jorge
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