8.7.07

Palavras sem título

(…) que diz ou sente é uma arca

por abrir um silêncio que quer

sair e ser asas em corpo (…)

Xavier Zarco

Há um rosto nas palavras que diz ou sente

uma tímida olência a terra fresca

gérmen nos olhos do horizonte

Há uma cabeça descalça no rio da poesia.

uma aeriforme húmida de sentimentos

no invento do silêncio.

Ana Maria Costa

3 comentários:

Anónimo disse...

Meu abraço para uma poeta d`alem mar.

Zénite disse...

soltarás assim as ferragens das arcas envelhecidas onde jazem encourados o silêncio macio, os sorrisos, os lamentos, as palavras antigas. e recordarás as amoras bravas, a brisa, os brilhos, a poeira fina e o saibro dos caminhos, saltitando como guizos sobre as margens.
e todos eles te dirão, em uníssono, nesse instante único, deste “rosto nas palavras que diz ou sente
uma tímida olência a terra fresca”



Gosto das "duas vozes".

Com um abraço.

o refúgio disse...

Oi Ana,
Grata por sua visita ao meu refúgio. E teu espaço poético continua muito sensível e inspirador. Parabéns.
Um beijo.

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