5.12.06

Jorge Vicente e eu

Fotografia: Maria Clarinda Galante



Um poema treme ao deslizar do papel

a voz instantânea de quem tudo vê

e sente e ouve deslizo o meu corpo

quando escrevo páginas de sangue as

minhas as do mundo todo eu

sou o mundo todo em todas as palavras

e em todos os silêncios entre as palavras

Jorge Vicente


Escorrem do meu corpo silêncios para o papel [silêncio?…]

misturam-se no teu sangue e faz-se outro mundo_ o nosso!

Sem sexo, sem ventre aparece instantâneo

no traço verga-se as curvas no espírito das nossas palavras

e dos seios das imagens abrem trémulos os bicos de luz.

Ana Mª Costa

5 comentários:

Anónimo disse...

sabe eu acredito quando dizem que o corpo fala.. pois é pura verdade....bom até mais belo poema....

Amaral disse...

Um poema é muito mais que simples palavras soltas nos versos.
Um poema tem que "mexer" nalguma coisa que é muito nossa!...
Por isso gostei de ler o Jorge Vicente e, naturalmente, a tua "resposta"!...

Raquel Miriã disse...

Olá minha querida Ana Maria!
Bem vinda ao universo blogspot;)
Como sempre delicias-me com a tua escrita!
Venho pedir-te em 1ª mão que visites o meu blog para conheceres aminha voz;) Foi feito a pensar a amigos como tu!
beijinho grande

Manuel Veiga disse...

excelente dueto. quase "físico", o último poema, dir-se-ia...

Maria Clarinda disse...

Adorei ver a minha foto num poema tão lindo. Jhs muitos

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