
o teu cabelo chove nas minhas mãos. e não vens
ainda sobre a terra. sabes a tempo imóvel e rios
sustenidos. dizes a paisagem como os anjos. as
palavras escorrem da boca uma das outras. e eu
escrevo a tarde que não cai. inscrevo na morte a
nossa eternidade. espero à noite ser uma mulher
por dentro de um homem. um pássaro ancorado
na aorta de deus. que o nervo da morte repugna.
3 comentários:
muito obrigada, ana maria. gostei muito desta surpresa. a ilustração é de uma rara beleza sensual. fico contente por me citares. tenho um carinho muito especial por este poema. quando estiver contigo, explico a razão. beijinho grande *
a Alice, se quiser, pode vir a ser um dos nomes a constar com destaque na literatura portuguesa contemporânea.
querida ana maria, agradeço, se me permites, as palavras do alexandre
um beijinho e bom fim de semana.
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