13.12.06

Fotografia: José Vaz Meneses




Dá-me a água e o sabão
quero lavar o meu silêncio
nas letras do teu poema.
Deixa-me enfeitar a minha história

com bolas de perfume
que flutuam do meu corpo
Com Cheiro de talco

e a pele de criança em pó
ou loção do frasco da palavra .
Dá-me o livro onde cresce um coelho,

com botas e a fala.
Nos dedos enrolam-se rebentos de amor

e os meus olhos vão lá dentro.
E, a poesia não é um animal, mas

a chave para a porta do nosso Interior
Dá-me um livro onde

pendure os poemas nas folhas e
a água e o sabão escorregam com o meu silêncio.
Deixa que o teu vento sopre a cor nas vírgulas,

nos pontos e nos espaços
E no papel os segredo de amor, com ouro ou

com diamantes limpam-se do
carvão dos sentidos.

Ana Mª Costa

2 comentários:

Anónimo disse...

Miga esta semana nao temos nenhum feriado... vai levar mais um dia a passar hehe bjokas

Anónimo disse...

«detenho-me sobre a importância das tuas coisas… dos teus quadros e gestos, odores e sabores» © biquinha

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