28.11.06
com o basilio miranda (2)
Não se esquece o que toca
a fibra dos sentidos
vez alguma
a palavra que roçou o corpo
foge
mesmo que a voz nunca lá esteja
um desejo quieto
corre
um suspiro breve
um olhar esquecido
acorda com a surpresa do teu rosto
um beijo cala-se
bem ao fundo do peito
e na concha das minhas mãos
brilham os teus lábios.
Basilio Miranda
*
E a voz ela é pó
que se levanta no ar
e pousa no sólido da respiração que dorme no ventre
e um olhar longe é o ouvido do horizonte no beijo com o monte
e é no gemido da terra que engole as veias
que nasce a palavra amor que arde no corpo
quando os teus lábios falam aos beijos.
Ana Maria Costa
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