15.6.09


Se pelo menos para mim olhasses
outra vez com a tua forma de cor diferente.

Se outra vez!, mais um vez...
me desses as mãos com nós em cada dedo.

Se meu amor me untasses o corpo com óleo
do teu amor depois de um banho quente...

Se meu amor me amasses por ti e por mim
antes de me despedir deste corpo da caneta para o papel.


A verdade meu amor, é que o frio que sinto
é a ausencia do teu olhar
quando as tuas mãos
não me estão ligadas e
como não
as encontro
a tinta não sente
o calor que sai dos meus lábios entreabertos.

São variações de temperaturas
que a caneta procura suster
entre o teu olhar e amor
e o frio ligado ao corpo.

Ana Maria Costa

2 comentários:

antonior disse...

Olá, Ana Maria!

Atrás de tempos, novos tempos...
As voltas das esferas com que os caminhos da vida se rasgam afastaram-me destas estradas durante dois anos certos e rigorosos.
Cá estou a visitar-te para encontrar um espaço fiel a si onde vejo uma árvore de umbigo humano e para além....e um poema que se lhe calça como uma luva justa e aquosa, talvez...
Até breve.

josebonifacio disse...

Graça e paz!

Trata-se de uma imponderável alegria, em um momento inusitado, participar de tão importante organização cultural.

Certamente, que nosso intercâmbio cultural será muito profícuo e, de uma forma bendita, seremos abençoados por Deus.

Agora, quanto ao poema o mesmo é de uma sensibilidade tremenda; o qual me levou a êxtases profundos.

Simplesmenre, fantástico! Parabéns!

José Bonifácio

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