31.7.08

Gosto do título, do texto e do amigo.


esperando


Estão ali o dia todo, esperando. Que sopre o vento e arraste uma palha. Que brilhe o sol e aqueça a pele enrugada. Que se abra uma pálpebra. Que se quebre o sono. Que a partilha seja de duas palavras. Que as mãos se toquem, frouxas, nostálgicas da firmeza e do coração à boca.

A voz é uma planície em pousio.

Querem ver a terra abrir para lhe sentir o humo.
ESCRITO POR JOSÉ ALEXANDRE RAMOS

3 comentários:

Anónimo disse...

É um fenómeno duma especial e rara sensibilidade. Que nos prolonga a leitura para lá das palavras.

Iara Maria Carvalho disse...

está tudo lindo por aqui, amiga! honrada sinto-me eu de ver meu poema aportar em tão lindos mares de versos e imagens...

um beijo fraterno!

Iara

jorge vicente disse...

um texto belo, num dia em pousio. o meu.

um grande beijinho
jorge

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